quarta-feira, 6 de abril de 2011

Crise nuclear japonesa,acreditar em quê? [Fonte: Carta Maior]

A maior crise existente no Japão hoje é a crise de confiança. Já não é possível acreditar em nenhum comunicado que faz a Tóquio Eletricidade (Tepco), nem no que diz o governo japonês. Não há como acreditar em nada do que o governo japonês fala. Não se sabe com que critério científico o governo determina o perímetro de 30 km de evacuação. Mas não resta dúvida de que esse perímetro não é aumentado pois isso representará milhares de milhões de ienes de indenizações. O artigo é de Tomi Mori.

Falta de credibilidade
A maior crise existente no Japão hoje é a crise de confiança. Essa crise fenomenal de confiança, no mais amplo sentido da palavra, deriva da atitude das autoridades envolvidas na crise nuclear, ou seja, a Tóquio Eletricidade (Tepco) e o governo do primeiro-ministro Naoto Kan.

A Tóquio Electricidade, operadora da central nuclear Fukushima 1, desde que começou a tragédia, tem agido de tal maneira que já não é possível acreditar em nenhum comunicado que faz. O próprio primeiro-ministro japonês, no início da crise, foi ao escritório da empresa, em Tóquio, para reclamar da maneira como havia sido comunicado. Foi o último a saber, já que a empresa havia se manifestado na imprensa primeiro. Os primeiros vazamentos, que a operadora alegou serem "inofensivos", acarretaram entre outras coisas uma situação na qual os moradores próximos à unidade não mais poderão voltar às suas casas. Vários trabalhadores foram contaminados pela radioatividade, ocasionada pela falta de segurança no trabalho, fruto de informações erradas ou, quem sabe, literalmente mentirosas.

Desde que se iniciou a tragédia nuclear, a operadora fornece dados das medições de radioatividade, mas ninguém é capaz de dizer quais são os critérios utilizados. Se esses critérios são adequados, se os equipamentos utilizados são apropriados, ninguém está em condições de julgar. Mesmo com toda a artimanha utilizada para não agravar o que já era grave, as ações da empresa despencaram. E só não viraram pó, como se diz no jargão financeiro, porque continuam a jogar às escondidas, sem dizer claramente o que deveria ser dito numa situação tão grave como é a atual. Não restam dúvidas que, em primeiro lugar, vêm as motivações económicas e só depois as sociais, como a segurança e a vida das pessoas. As semanas estão a passar, mas não há nenhuma informação concreta de como tudo isso irá terminar.

Durante a semana, foi anunciada a desativação de quatro reactores. Em qualquer situação, é um trabalho que vai levar algumas décadas. Era o óbvio, depois que deitaram água salgada, na tentativa desesperada de refrigerar os reatores. Mas ao invés de diminuir as dúvidas, o que temos à nossa frente é uma quantidade ainda maior de questões não respondidas. Quanto tempo irá levar para que a situação esteja sob controle? A operadora tem como impedir uma fuga que coloque em risco a vida das pessoas? Agora que entramos na Primavera e a temperatura aumenta, como substituir a água do mar? O exército vai deitar sorvete em cima dos reatores com helicópteros?

Neste momento, nas proximidades de Fukushima 1, a temperatura ainda é baixa, provavelmente oscilando até aos 5 graus. Mas, o que será feito quando a temperatura ambiente atingir mais de 30 graus? O governo aventa a possibilidade de jogar resina, mas o que isso significa?
Falta de confiança afeta economia
A visita do presidente Sarkozy ao Japão corresponde ao temor existente, em todo o mundo, de que a crise japonesa possa causar problemas ainda maiores num mundo que já está bastante complicado. Os otimistas diziam que o mundo estava saindo da crise de 2008. Outros mais críticos, diziam que estávamos a caminho, não da recessão mas, sim, da depressão. Independente de estar a favor desta ou daquela opinião, a atual crise japonesa, sem sombra de dúvidas, só faz piorar a situação mundial. A dependência da energia nuclear de alguns países é gritante, basta ver a França de Sarkozy. A França, que sonhava vender centrais nucleares até para os marcianos, se fosse possível, viu o seu projecto despedaçar-se. E, mais do que isso, pode ocorrer um indesejável e poderoso movimento anti-nuclear, coisa que o presidente francês pretende evitar, antecipando-se aos acontecimentos e tentando se transformar no paladino da segurança nuclear, como se isso fosse possível...

A falta de um posicionamento claro por parte do governo tem acarretado uma paralisia em todas as áreas da atividade social. Ainda é cedo para se fornecer números, mas além de várias empresas já terem sido afetadas, com falta de peças e componentes, ainda estamos apenas no início de problemas maiores na economia japonesa. No próximo verão, já está claro que a falta de energia irá causar graves problemas. O maior deles será a falta de energia em Tóquio, coração da economia japonesa. Como resolver essa questão?

Este ano, os japoneses poderão exercer amplamente a sua criatividade, mas é pouco provável que isso impeça que marchemos para uma situação recessiva. Setores da burguesia imperialista japonesa acreditam que na tragédia surge a oportunidade de auferir grandes lucros. Tem algum sentido, já que as pessoas terão de comprar frigoríficos, televisões,camas, construir casas, etc... Mas não se pode dizer que isso vá revitalizar a economia japonesa. Em função da crise nuclear, do seu prolongamento e desdobramentos, a palavra que sintetiza a atual situação japonesa é "volátil". Qualquer que seja a próxima tragédia, ela já não será uma surpresa.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Newton desaprovaria [Fonte: Ciência Hoje]

Aprenda a brincar de 'sólido ou líquido' com o fluido não newtoniano. Aviso importante: dá para reproduzi-lo, sem grandes baixas, em casa.
O fluido não newtoniano entrou na moda há cerca de cinco anos, quando uma emissora espanhola percebeu como seria bacana mostrar esse  elemento em ação. O que é isso? Grosso modo, qualquer fluido que não obedece a Lei de Newton – ou seja, qualquer fluido que não possui viscosidade constante ou sofre alteração quando uma força é aplicada.
O que a emissora da Espanha fez? Criou uma piscina de fluido não newtoniano. Se as pessoas corressem de modo cuidadoso, rápido e elegante, conseguiam andar sobre a piscina. Milagre.
Caso fossem grosseiras, pisassem forte ou simplesmente parassem e deixassem com que a gravidade fizesse o seu trabalho, as pessoas afundavam.
Depois da exibição na emissora espanhola, o líquido não newtoniano tornou-se moda em vários programas ao redor do mundo, inclusive no Brasil, onde o Gugu eventualmente organiza provas em seu programa na TV Record.
Diferentemente de algumas experiências que só podem ser reproduzidas em laboratório, a brincadeira com o fluido não newtoniano é facilmente reproduzível em casa. É o que explica Chris Chiswell em vídeo para a revista New Scientist (vimos no Improbable Research).
Em vídeo curto e bem-humorado, ele mostra que com um pouco de água e muita maisena (farinha de milho), é possível 'criar' um líquido não newtoniano. E também ensina a regra para se divertir com ele: com força e pressão, o fluido tende ao sólido; com gentileza e movimentos leves, o fluido tende ao líquido.

Ozzy Osbourne no Brasil.

Chegou o momento tão esperando para o público do Rock (\n/) Ozzy Osbourne volta ao Brasil para uma série de shows por cinco cidades  As apresentações fazem parte da turnê de divulgação do último álbum do cantor, "Scream", e seu último single "Life Won't Wait". As datas da turnê brasileira são:



30 de março: Porto Alegre, local a ser definido
02 de abril: São Paulo, na Arena Anhembi 
05 de abril: Brasília, local a ser definido
07 de abril: Rio de Janeiro, no Citibank Hall
09 de abril: Belo Horizonte, local a ser definido

O público em geral poderá comprar as entradas para essas duas capitais a partir de 26 de novembro.As datas das pré-vendas, vendas e locais dos shows em Porto Alegre, Brasília e Belo Horizonte serão anunciadas em breve.

"Scream" é o 10º álbum solo do ex-integrante do Black Sabbath. O disco foi produzido por Ozzy e por Kevin Churko, que já trabalhou com o músico em "Black Rain", de 2007. Além de Ozzy, os músicos Gus G (guitarra), Blasko (baixo), Tommy Clufetos (bateria) e Adam Wakeman (teclado) ajudaram na gravação do disco, cujo primeiro single foi "Let Me Hear You Scream".


OZZY OSBOURNE EM São Paulo: 02/04/2011 a partir das 21h30 no Citibank Hall (Av. Ayrton Senna, 3000, Shopping Via Parque, Barra da Tijuca).




#Anônima Terra