A defesa das espécies ameaçadas de extinção deu origem ao World Wildlife Fund (Fundo Mundial para a Vida Selvagem), cujo símbolo é o panda-gigante, gracioso animal que só subsiste, em pequeno número, em algumas florestas do Himalaia e em jardins zoológicos.
Espécie ameaçada de extinção é aquela (1) cujo número de exemplares diminui a ponto de pôr em risco sua sobrevivência; (2) capaz de ser prejudicada por espécie exótica e de aparecimento recente, predadora ou competidora, sobretudo nos casos de baixo potencial reprodutivo ou alimentação especializada; (3) cujo habitat está em processo de destruição ou modificação brusca, a ponto de não poder manter uma população que garanta a continuidade da espécie.
A extinção de espécies vivas é fenômeno inerente à própria natureza da vida terrestre e, como tal, ocorreu em todos os tempos, por motivos diversos. O desaparecimento dos dinossauros na era cenozóica, em virtude de alguma catástrofe ainda não esclarecida, foi o primeiro grande fato desse tipo que despertou o interesse dos estudiosos. Fósseis encontrados em muitos lugares do planeta revelam a destruição, em épocas posteriores, de jacarés e preguiças descomunais, de antepassados do tatu, do cavalo, do elefante (como o mastodonte e o mamute, que não ultrapassaram o período quaternário) ou de felinos como o tigre-dentes-de-sabre.
Uma distinção decisiva para o correto entendimento da extinção é chegar à causa mais determinante do fenômeno. Tanto animais como plantas pré-históricas de que só restaram esqueletos ou troncos petrificados foram vítimas, na maior parte, de calamidades naturais, alterações climáticas e outras mudanças inevitáveis a que as características ou o potencial adaptativo de tais espécies não resistiram. O traço peculiar assumido pelo problema nos tempos históricos é ter-se tornado a espécie humana o fator fundamental de desequilíbrio e de extermínio.
São ilustrativos os casos de espécies animais inteiramente extintas nos últimos quatro séculos, como conseqüência óbvia da invenção e aperfeiçoamento das armas de fogo e seus efeitos: menciona-se com freqüência o dodo, grande ave columbiforme que só existia na ilha Maurício e foi exterminada no final do século XVII pelos europeus. No século XIX, várias espécies ou subespécies de antílopes e outras famílias de mamíferos da África não resistiram à intervenção européia, assim como o bisão americano foi quase completamente dizimado pelo avanço dos pioneiros.
Bisão mamute
Dodo
Obs: Terá mais edições de: Espécies de extinção !
# Morga Evil
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