segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Revista Galileu - Estímulo elétrico no cérebro melhora habilidade matemática

Descoberta pode ajudar quem tem problemas e dificuldades para lidar com números

por Redação Galileu
 Shutterstock
A aplicação de uma corrente elétrica no cérebro pode melhorar o desempenho matemático de uma pessoa por até seis meses sem influenciar suas outras funções cognitivas, segundo pesquisa da Universidade de Oxford.
A descoberta pode ajudar no tratamento de 20% da população com moderada ou grave deficiência paralevar a tratamentos para os 20 por cento estimado da população com moderada a grave deficiência numérica, como a discalculia, além de auxiliar aqueles que perderam sua habilidade com números como resultado de um derrame ou doença degenerativa, por exemplo.
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"Eu certamente não estou aconselhando as pessoas a sairem por aí dando choques elétricos, mas estamos extremamente animado com o potencial de nossos resultados", afirmou o pesquisador Roi Cohen Kadosh, do Instituto de Neurociência Cognitiva da Universidade de Oxford. "O estímulo elétrico não transformará ninguém em Albert Einstein, mas pode ser capaz de ajudar algumas pessoas a lidar melhor com a matemática", explicou.
Os pesquisadores usaram um método de estímulo cerebral conhecido como estímulo transcraniano por corrente contínua (ETCC). O ETCC é uma técnica não-invasiva na qual uma corrente fraca é aplicado constantemente ao cérebro em um determinado período de tempo para aumentar ou reduzir a atividade dos neurônios. A técnica tem recebido atenção na última década por seu potencial para melhorar as várias funções em pessoas com déficits neurológicos.
No novo estudo, os pesquisadores aplicaram o ETCC especificamente na região do lobo parietal, uma parte do cérebro que é fundamental para a compreensão numérica. Os participantes do estudo tinham habilidades matemáticas normais, mas foram convidados a aprender uma série de números e símbolos artificiais que nunca tinham visto antes, enquanto eles recebiam o estímulo. Os pesquisadores então testaram a habilidade dos participantes para processar automaticamente a relação entre esses números artificiais para o outro e mapeá-los corretamente no espaço usando métodos padrão de teste para a competência numérica.
Os resultados dos testes mostraram que o estímulho cerebral melhorou a habilidade dos participantes do estudo para compreender e interpretar os novos números.
Agora que sabem que o tratamento pode melhorar a habilidade numérica de pessoas com habilidade matemática normal, os pesquisadores planejam testar a sua utilização em pacientes com severa deficiência numérica. Se funcionar, o projeto pode ter consequências importantes, disse Cohen Kadosh. Segundo o pesquisador, a descoberta pode ajudar pessoas que não conseguem fazer tarefas básicas com números, como entender os rótulos dos alimentos ou o cálculo do troco em uma compra.

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